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Terça, 29 Maio 2018 09:53

Disfunção Temporomandibular Pode Causar Dor Na Face

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Fenômeno mais freqüente nas mulheres e que às vezes provoca enorme sofrimento, a disfunção temporomandibular (DTM) é um desarranjo na região da face em que o maxilar inferior se liga ao crânio. Desnivelamento das arcadas dentárias e mordida irregular são algumas das causas. Os sintomas mais característicos são dores localizadas ou difusas de ouvido, cabeça, pescoço e no maxilar.

O que é Articulação Temporomandibular?

Problema que atinge cerca de 40% da população mundial, a disfunção temporomandibular (DTM) caracteriza-se por desarranjo na porção da face em que o maxilar inferior se liga ao crânio, o que é conhecido como articulação temporomandibular, significado de ATM.

O que seria ATM?

É uma das articulações mais importantes do corpo humano, pois sua função é permitir a abertura e o fechamento da boca. De seu funcionamento harmônico dependem os atos fundamentais de falar, ingerir líquidos, engolir alimentos, mastigar e outros.

As bases da ATM são o osso temporal, no crânio, e o maxilar inferior. Entre os dois encontra-se o menisco, espécie de “almofadinha” de tecido cartilaginoso, fibroso. O maxilar inferior une-se ao crânio por um feixe de ligamentos e pelos músculos faciais.

Sintomas graves da ATM

Os fenômenos mais importantes por trás da disfunção temporomandibular são: descoordenação muscular, deslocamentos do menisco, inflamação dos tecidos, e hemorragia na região. As DTMs, vale destacar, ocorrem sempre dos dois lados.

As causas mais importantes são: desnivelamentos das arcadas dentárias, tensão nos músculos da face, do pescoço e dos ombros por stress, mordida irregular, extrações de dentes muito demoradas, pequenos acidentes, e hábitos como mascar chiclete e fumar cachimbo freqüentemente.

Os sintomas, que podem ocorrer em um ou nos dois lados ao mesmo tempo, são: dor localizada ou difusa de ouvido, cabeça ou pescoço, dor no maxilar ao mastigar ou bocejar, estalidos ao abrir e fechar a boca, travamento do maxilar ao falar, bocejar ou comer.

A DTM pode manifestar-se em qualquer pessoa, porém é mais comum nas mulheres. As razões principais são: a carência e o excesso de hormônios femininos favoreceriam o surgimento da dor, os ligamentos da mulher seriam mais frágeis do que os dos homens, e, finalmente, o grande estresse vivido pela mulher nas últimas décadas, pelo fato de competir com o homem no mercado de trabalho e muitas vezes ainda cuidar dos filhos e da casa.

As disfunções temporomandibulares podem ser motivo de muito sofrimento para portadores, em especial nos casos crônicos. Infelizmente, parte dos médicos ainda não as inclui em seu diagnóstico. Assim, é comum o portador perambular por consultórios e não descobrir a causa de sua dor. Também é freqüente que consuma grande quantidade de remédios, até antidepressivos, antes de chegar a um dentista especialista em ATM e ter diagnóstico correto. E o pior é que a dor crônica pode levar à depressão o que agrava o quadro.

Nem sempre é indicado um antinflamatório ou remédio caseiro para ATM.

Prevenção é a melhor alternativa. É possível evitar a DTM com algumas medidas básicas. Vá ao dentista logo que suspeitar de algum problema. Evite morde o cachimbo ou mascar chiclete de maneira excessiva. Pratique atividades físicas  para evitar o stress. Pessoas com sintomas, sobretudo dores difusas de cabeça, ouvido e pescoço, têm de suspeitar da DTM. O ideal é consultar um ortodontista ou cirurgião–dentista especialista em disfunção da ATM para um diagnóstico correto. A DTM deve ser diagnostica como problema ortopédico. Comprova-se a disfunção articular com artrogafia, ressonância magnética e eletromiografia, exame que mapeia o comportamento de toda a musculatura da região a cada ação do indivíduo. Cada caso tem um tratamento específico. As DTMs devem ser tratadas de forma multidisciplinar. Pessoas com problemas musculares, por exemplo, fazem uso de eletrofisioterapia e do ultra-som.

Já o problema de menisco e ligamentos são resolvidos com próteses, aparelhos  postos no interior da boca para reposicionar o menisco e corrigir o desnível das arcadas.

Fonte: Revista VEJA